Sistema é mais barato e promete consumo 21% menor
O empresário estima que em um ano seu sistema já estará disponível para cadeiras de rodas. Neste caso seu objetivo é fabricar um kit com a caixa de câmbio para a pessoa comprar e acoplar a uma cadeira de rodas comum, transformando-a em motorizada, que ficaria cerca de 13 kg mais pesada, e isto custaria no máximo R$ 2 mil. Uma cadeira motorizada custa cerca de R$ 9 mil. Para automóveis pode levar muito mais tempo, pois Kohnlein pretende transferir a tecnologia para alguma empresa.
A volta das engrenagens toroidais?
Quando a transmissão CVT passou a ser usada de forma mais extensa em automóveis – ainda assim de forma modesta - , no final da década de 50, suas polias eram ligadas por uma correia em V, que não suportavam torque minimamente elevado. Mas a crise do petróleo, na década de 70, fez com que o governo norte-americano investisse em pesquisas para que o CVT pudesse ser usado com motores maiores. A solução seria usar o sistema semitoroidal, derivado do toroidal inventado em 1877 e teve lugar em carros de 1920, mas logo abandonado por ter pouca durabilidade.
Iniciou-se, assim, uma saga em busca de soluções por parte da NSK, fabricante de rolamentos, por uma forma de evitar o atrito no sistema e corrigir suas falhas. O problema, que inicialmente seria apenas de lubrificação, também envolvia o aço usado no disco do sistema. Mas nos testes seguintes descobriu-se que o lubrificante desenvolvido para o sistema destruía seu rolamento. Assim, levou 21 até que a transmissão CVT toroidal fosse usada em seu propósito original: com motores grandes. Assim, em 1999 a transmissão Extroid, que possibilitava dirigibilidade muito superior, menos ruído e economizava 10% de combustível frente a um câmbio automático convencional, era o grande destaque dos então novos Nissan Cedric e Gloria, de tração traseira e motor 3.0. O sistema mais tarde equipou o lendário Nissan Skyline V35 GT-8, de motor V6 3.5 litros de 298 cv e oito marchas virtuais, com trocas por borboletas atrás do volante.
Mas o sistema foi superado por quatro fatos: era caro, o lubrificante não se comportava bem em baixas temperaturas, a tendência de downsizing e o desenvolvimento paralelo do CVT tradicional, com polias e correia em V, sendo que estas hoje já são de aço, ou seja, resistentes.
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