Nem tanto, nem tão pouco. A Renault finalmente teve um insight e percebeu que, mesmo com os preços camaradas praticados nos últimos anos, o Clio não decolaria nas vendas se não passasse por uma boa reformulação, não só visual como em sua concepção como um todo. O resultado é visto na linha 2013 do compacto, que chega agora às lojas.
O compacto que década atrás se destacava por mimos, como os clássicos airbags de série, veio perdendo equipamentos, até que agora, alarme, vidros e travas elétricas serão apenas instalados como acessório nas concessionárias, e não mais virão de fábrica. Opcionais? Só ar-condicionado e direção hidráulica. É o mesmo Clio, mas com outra visão de mundo. Ele está praticando o desapegou dos bens materiais.
Na frente o carro recebe novos faróis, para-choques e grade, um conjunto novo inspirado no modelo europeu e que não chega a ser feio, mas destoa do desenho da lateral do carro, que tem origem nos anos 90. Na traseira muda o desenho interno das lanternas, há novos vincos na tampa do porta-malas e aerofólio com Brake-light. Repare no vidro traseiro. Ele encolheu, perdeu sua parte arredondada, ficando mais barato.
O interior mantém o desenho da versão atual, mas muda o grafismo do painel, forração de bancos e agora encontramos detalhes prateados no painel. Ao invés de ter plásticos cinza em dois tons, agora tem apenas um só tem, e escuro. Vários kits de personalização para o carro serão oferecidos, para o interior e exterior, para detalhes e preços sobre os kits acesse o configurador do carro no site da Renault.
O motor 1.0 16v Hi-Flex foi retrabalhado e agora chama-se Hi-Power. Desenvolvido especificamente para o Brasil, o motor possui nota A em consumo, pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do INMETRO. Conta com 71 peças alteradas, incluindo bomba de óleo de bielas do 1.2 16v usado na Argentina, novos bicos injetores e nova central eletrônica. A taxa de compressão subiu de 10:1 para 12:1. A potência melhorou e agora é de 77 cv com gasolina e 80 cv com etanol, atingidos com 5.750 rpm. O torque é de 10,1 kgfm com gasolina e 10,5 kgfm com etanol, a 4.250 rpm.
Equipado com ar-condicionado e direção hidráulica, o carro faz 9,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol e 13,1 km/l na cidade de 14,3 km/l na estrada com gasolina. A versão sem os equipamentos possui números melhores, com 9,5 km/l e 10,7 km/l com etanol e 14,3 km/l e 15,8 km/l com gasolina. Para auxiliar o motorista em uma condução mais econômica, o quadro de instrumentos possui faixas de cores no conta-giros que indicam as rotações adequadas para melhor consumo e melhor desempenho. Vale dizer que o computador de bordo, que desapareceu em algum momento nos últimos anos, voltou e agora é item de série.
O Clio 2013 será vendido em três versões, com preços partindo de R$ 23.290. Ele vinha sendo comercializado por preços inferiores aos indicados oficialmente pela fabricante, e agora com as mudanças o preço oficial caiu quase mil reais, para se aproximar do que vinha sendo praticado. A versão Authentique de duas portas é a mais barata, R$ 23.290. Com quatro portas o valor sobe em R$ 1.000,00, custando R$ 24.290. A Expression custa 700 reais a mais que esta última e só é oferecia com quatro portas.
A versão Authentique vem de série com computador de bordo, conta-giros e brake-light, com possibilidade de adicionar ar-condicionado opcionalmente. A Expression adiciona limpador, lavador e desembaçador traseiro, ar quente e detalhes cromados no interior. Esta pode ser equipada com ar-condicionado e direção hidráulica.
A garantia de três anos e revisões com preço fixo estão mantidas. A expectativa da marca é que as vendas do carro cresçam em 30%. Ela quer abocanhar 7% do mercado brasileiro.
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