No último mês de maio, o governo reduziu o IPI para estimular as vendas do setor automotivo, que estavam em baixa. A medida, contudo, tem data para chegar ao fim. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi categórico ao anunciar hoje que “não está em cogitação a prorrogação após agosto”. O Brasil deve bater o recorde de vendas de automóveis no mês de junho, chegando a 360 mil veículos comercializados, o que justificaria o término da isenção fiscal.
A medida, além de estimular a economia, também está condicionada à manutenção dos empregos no setor. Mantega disse que a isenção fiscal teve saldo positivo, pois o número de trabalhadores no setor cresceu de 144,9 mil em maio para 146,9 mil em junho. A situação, contudo, não parece ser tão tranquila, pois o setor pressiona o governo a prorrogar a redução do imposto. O futuro de 1,5 mil empregados da fábrica da GM em São José dos Campos permanece indefinido, após a desativação das linhas de montagem de Corsa, Meriva e Zafira.
Mantega chegou a falar sobre a GM, mas não mencionou a fábrica de São José dos Campos. Disse apenas que a empresa manteve os postos de trabalho e teve saldo positivo de contratações em junho. O diretor de assuntos institucionais da GM e vice-presidente da Anfavea, Luiz Moan, declarou que o compromisso de não demitir em troca do IPI reduzido está mantido. Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos.
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