Placas serão adotadas em mais de 100 milhões de veículos até 2018
O grupo
ad hoc responsável pelo desenvolvimento do projeto de unificação das placas do Mercosul, união aduaneira composta por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, deu importantes passos na consolidação da proposta da placa única para as nações do bloco. Foi a sexta reunião do grupo que, com a representação de todos os países componentes, definiu projeções do modelo definitivo, se distanciando da apresentada em 2010, na cor amarela, lembrando a placa brasileira que vigorou até os anos 1990.
Segundo funcionários do Mercosul, houve um avanço significativo no desenho e na implementação da placa única ao longo do encontro realizado em Buenos Aires no Brasil. A ideia, aparentemente, é seguir o projeto europeu, que se tornou realidade após intensas negociações entre os países da UE.
Não está definido, entretanto, o padrão de desenho e se haverá variações entre eles (na fonte, por exemplo). O formato da simulação acima é, aparentemente, mais longo que o atual e possui uma altura maior em relação às chapas europeias. Na lateral esquerda, localiza-se a bandeira do país, seguida logo abaixo pela sigla correspondente à cidade (e não mais por extenso como atualmente) e ao estado, da esquerda para a direita, nessa ordem, além da sigla do país.
A previsão é que o novo padrão seja adotado a partir de 2016 por ônibus e caminhões. Os automóveis e demais veículos seriam contemplados em 2018. Nessa transição, os países teriam autonomia acerca das combinações alfanuméricas disponíveis dentro do padrão. A unificação seria acompanhada de um intercâmbio de dados entre os países, ou seja, um sistema universal para o registro de veículos, potencial função do QR Code que separa as letras dos números no exercício de imaginação que ilustra o topo dessa publicação.
O processo depende do nível de registro dos veículos e, nesse quesito, a Argentina é que está mais à frente na América Latina. Ao mesmo tempo, a combinação de três números e três letras dos hermanos levou a uma saturação das possibilidades de combinação. Hoje, restam apenas dois milhões de combinações disponíveis. O Brasil, por sua vez, possui larga vantagem – as previsões apontam que as combinações seriam exauridas em 2030.
Para o Ministro da Justiça e Direitos Humanos da Argentina, Julio Alak, a medida é fundamental para consolidar o Mercosul como um espaço regional e sulamericano. O próximo passo será decidir um modelo que represente o símbolo ideal para o bloco. Esperamos que sigam o bom gosto e a sobriedade das placas europeias – e temos certeza, caro leitor, que não há nenhum complexo de vira-lata nessa afirmação.
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