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Mercedes decidirá em quatro meses se volta a fabricar automóveis no Brasil


Aliança Renault Nissan pode pesar na decisão
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Por duas vezes a Mercedes-Benz apostou na fabricação de automóveis no Brasil. Primeiro de 1999 a 2005, com o Classe A, e depois o Classe CLC de 2008 a 2010, sempre na fábrica de Juiz de Fora (MG). Agora a fabricante alemã volta a cogitar a fabricação de carros no Brasil, e esta decisão será tomada nos próximos quatro meses, segundo Ronald Linsmayer, vice-presidente de operações da montadora para o Brasil.
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O que a Mercedes-Benz quer é acompanhar a concorrência. A BMW está prestes a iniciar as obras de sua fábrica em Araquari (SC) e a Audi também está estudando se volta a fabricar no Brasil se valendo do apoio da Volkswagen. A Mercedes também poderá trabalhar em parceria.
“Temos de avaliar se faremos com um parceiro ou se é melhor produzirmos sozinhos”, explicou Linsmayer. A fabricante alemã poderia se valer da parceria entre a Daimler e a Aliança Renault Nissan para também produzir modelos no mesmo complexo industrial que a Nissan constrói em Resende (RJ), que deverá ser inaugurado no ano que vem. 
Mercedes-Benz A 200 CDI, (W 176), Fahrveranstaltung Slowenien 2012 / Press Drive Slovenia 2012 
Fala-se que o primeiro modelo que ela fabricará no Brasil será o sedã CLA, seguido por seu hatch, o novo Classe A.

Terceira tentativa

As últimas experiências da Mercedes no Brasil não foram tão boas. As vendas do Mercedes Classe A brasileiro até foram boas nos dois primeiros anos, com média anual de 15 mil unidades, mas a alta do dólar na virada do milênio e o preço elevado para a época (R$33 mil reais, na versão Classic, básica) fizeram suas vendas declinarem até a produção ser encerrada em 2005. Para se ter uma ideia, a fábrica tinha capacidade para produzir 70 mil carros por ano, e em sete anos produziu apenas 63.402 unidades do Classe A.
Já o Classe CLC era montado no Brasil em regime de CKD, com todas as peças trazidas da Europa. No início nem era comercializado no Brasil! Mas toda a logística necessária elevava seu preço final e ele foi um fracasso nas vendas. Após isso a fábrica de Juiz de fora foi totalmente revertida para a produção de caminhões.

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