Hatch perde em carisma mas ganha em usabilidade e conforto
O Ford Ka nasceu com visual ousado, querendo ser mais divertido do que prático - até porque seu espaço interno não era dos melhores. Ao se transformar de carro universitário em um popular de entrada, em 2007, ganhou uma cara mais comum na tentativa de conquistar mais clientes. Era a metade do caminho para sua transformação em um carro comum, processo concluído este ano.
Após algumas horas dirigindo o Ka 2015 nota-se que sua essência se foi junto com seu carisma. O compacto da Ford seguiu o “mal caminho” e agora é um carro para agradar as massas, e não um jovem encapetado encantado pela forma que o compacto ataca as curvas ou uma mocinha que só queria um carro pequeno.
Posição alta de dirigir, direção leve, câmbio com engates longos e macios, e espaço no banco traseiro maior que o oferecido no New Fiesta são pontos fortes desta nova geração. Também valem de boas justificativas para quem busca um carro barato para o dia a dia, e que também possa levar a família pra passear nos finais de semana, escolher um Ka.
Família, sim... Aquele grupo de indivíduos que se encontram ligados pelo parentesco consegue viajar unidos em quatro e, com boa vontade mútua, em cinco. Quem diria que um dia o Ford Ka se renderia a isso, a ponto de abandonar de uma vez por todas a carroceria de duas portas, única que tinha até então? Tem até versão sedã!
É um Ka que realmente está preocupado com a opinião alheia, e não apenas a do brasileiro, pois se trata de um projeto global. Em poucos meses este mesmo carro ganhará mercados como Índia e China. Porém, tanto lá como aqui seu porta-malas será pequeno: são 247L, longe dos 280L encontrados na grande maioria dos concorrentes.
Algo também marcante é o abandono dos motores velhos. Aquele bom 1.0 Zetec, sufocado nos últimos anos pelas legislações de emissões, deu lugar ao novíssimo 1.0 12V Fox Ti-VCT, um dos motores mais modernos em carros nacionais. São 85cv (6.500rpm) e 10,7kgfm (3.500rpm) com gasolina, e 80cv 10,2kgfm com álcool. Para efeito de comparação, o Ka Action 1.6 de 2003 tinha 95cv e 14,2kgfm.
Este tricilíndrico convence. Ainda que sua força só apareça acima das 2.500rpm, ganha giro muito rápido. Mesmo assim é importante trabalhar sempre com a marcha correta, do contrário o motor se torna apático e ouve-se um exagerado barulho de batida de pino. Em condições normais, mal se escuta o motor…
Este tricilíndrico convence. Ainda que sua força só apareça acima das 2.500rpm, ganha giro muito rápido. Mesmo assim é importante trabalhar sempre com a marcha correta, do contrário o motor se torna apático e ouve-se um exagerado barulho de batida de pino. Em condições normais, mal se escuta o motor…
A suspensão não é dura, mas é firme. Ao pressionar o pedal de freio – bastante presente e com boa modulação – nota-se a movimentação longitudinal da carroceria enquanto esta respeita a lei da inércia. Carroceria que, aliás, merece mais cuidado. Há vãos irregulares, como o que separa o para-choque dianteiro do capô e, particularmente, já fiz provas de cálculo mais fáceis do que fechar a porta do motorista.
O painel tem muito do que é visto em outros carros da Ford e os plásticos passam solidez, mas o quadro de instrumentos pequeno e simples, a ponto de lembrar o primeiro Celta, foge um pouco à proposta. Pelo menos esta versão tem computador de bordo, coisa que a SE não tem… Mas, se o painel aparenta boa montagem, o microfone do sistema Bluetooth estava praticamente pendurado no teto.
Pode ser uma questão que envolva o início da produção da fábrica de Camaçari (BA) que possa vir a ser resolvido logo. Pecado mesmo é a falta de retrovisores elétricos, ausente mesmo nesta versão topo de linha, que custa R$ 39.990 (ou R$44.990 com motor 1.5, ainda indisponível nas lojas).
Mas a oferta de equipamentos, ainda assim, é boa. Há ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle na chave, airbag duplo, freios ABS com distribuição eletrônica (EBD) e controle de frenagem em curvas (CBC), Sync Media System com CD Player e AppLink, opção de comandos do dispositivo por voz, dependendo apenas de um aplicativo da Ford, e vidros traseiros elétricos, além de controles de estabilidade e tração (AdvanceTrac), assistente de partida em rampas (HLA), rodas de liga leve aro 15” (pneus 195/55 R15), faróis de neblina, computador de bordo, alarme volumétrico, ajuste de altura do banco do motorista, grade dianteira com aplique cromado e lanternas traseiras escurecidas.
O painel tem muito do que é visto em outros carros da Ford e os plásticos passam solidez, mas o quadro de instrumentos pequeno e simples, a ponto de lembrar o primeiro Celta, foge um pouco à proposta. Pelo menos esta versão tem computador de bordo, coisa que a SE não tem… Mas, se o painel aparenta boa montagem, o microfone do sistema Bluetooth estava praticamente pendurado no teto.
Pode ser uma questão que envolva o início da produção da fábrica de Camaçari (BA) que possa vir a ser resolvido logo. Pecado mesmo é a falta de retrovisores elétricos, ausente mesmo nesta versão topo de linha, que custa R$ 39.990 (ou R$44.990 com motor 1.5, ainda indisponível nas lojas).
Mas a oferta de equipamentos, ainda assim, é boa. Há ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle na chave, airbag duplo, freios ABS com distribuição eletrônica (EBD) e controle de frenagem em curvas (CBC), Sync Media System com CD Player e AppLink, opção de comandos do dispositivo por voz, dependendo apenas de um aplicativo da Ford, e vidros traseiros elétricos, além de controles de estabilidade e tração (AdvanceTrac), assistente de partida em rampas (HLA), rodas de liga leve aro 15” (pneus 195/55 R15), faróis de neblina, computador de bordo, alarme volumétrico, ajuste de altura do banco do motorista, grade dianteira com aplique cromado e lanternas traseiras escurecidas.
Este “Ka para as massas” tem tudo para dar certo no mercado, mas quem prezava pelo comportamento animado do primeiro Ford Ka certamente preferirá o Volkswagen Up!
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