Dezenas de unidades ainda estão a espera de compradores
A Kombi se despediu da linha de montagem, mas não das revendas. A série final Last Edition, lançada em agosto passado como série limitada a 600 unidades e que um mês depois teve produção duplicada devido a demanda custava nada mais que R$ 85 mil. Mas ainda há algumas dezenas de unidades nos pátios das concessionárias da Volkswagen
No Rio de Janeiro poucas ainda possuem a Velha Senhora em estoque, mas a encontramos por R$ 73.900 em Bonsucesso e R$ 71.000 no Centro.
Já em São Paulo, onde há a maior concentração de concessionárias da marca, a variação de preços é enorme. Há revendas que insistem no preço de tabela, outras que estão abertas a negociação e as que já oferecem com abatimento. Na região do Anhembi a Kombi é oferecida por R$ 69.900, mas o melhor preço que encontramos foi R$ 61 mil na região central da capital paulista.
O que há de tão exclusivo?
Todas as Volkswagen Kombi Last Edition se destacam entre as demais pela pintura em dois tons “saia e blusa”, azul, com teto, colunas e para-choques brancos e uma faixa decorativa, também branca, circundando todo o veículo logo abaixo da linha de cintura. A grade dianteira superior é também pintada na cor azul da carroceria, assim como as molduras das setas e aros dos faróis. As rodas e as calotas são pintadas de branco e os pneus ainda possuem faixa branca.
Além disso, o acabamento interno é diferenciado, com elementos de design que remetem às inúmeras versões do veículo fabricadas no País desde 1957. As unidades serão numeradas e tem placa de identificação no painel e certificado de autenticidade. Os vidros são escurecidos e o vigia traseiro tem desembaçador elétrico. As setas dianteiras têm lentes de cristal branco. Nas laterais, também se destacam os adesivos que identificam a série especial “56 anos – Kombi Last Edition”.
Ainda falando do interior, há cortinas azuis nas janelas laterais e no vigia traseiro, e as braçadeiras trazem o logotipo ‘Kombi’ bordado, um elemento de decoração típico das versões mais luxuosas das décadas de 1960 e 1970. Os bancos têm forração especial de vinil e as laterais e as costas dos assentos têm acabamento de vinil expandido. O revestimento interno das laterais, portas e porta-malas também é de vinil, com costuras decorativas pespontadas. O assoalho e o porta-malas são recobertos por tapetes com insertos em carpete, mesmo material que reveste o estepe.
No painel, o quadro de instrumentos serigrafia exclusiva, que mantém o tradicional padrão com o velocímetro em posição central e, à direita, o mostrador do nível de combustível. O sistema de som arquivos MP3 e possui entradas auxiliar e USB. Dentro do porta-luvas, há o manual do proprietário com uma capa especial comemorativa.
O motor é o EA111 1.4l Total Flex, usado desde 2005, que desenvolve potência de 78 cv quando abastecido com gasolina e de 80 cv com etanol, sempre a 4.800 rpm, e com torque máximo de 12,5 kgfm com gasolina e de 12,7 kgfm com etanol, a 3.500 rpm. O câmbio é manual de 4 marchas. As rodas são de 14 polegadas.
E ganhou o mundo
Apenas o Brasil produzia esta geração da Kombi – conhecida lá fora como Type 2 – e, por isso, fabricante de trailers sediada em Bristol, no Reino Unido, importou um lote com 99 unidades de nossa Kombi Standard nos últimos meses de 2013 para garantir sua produção por mais algum tempo. Modificadas, o preço de cada uma poderá passar de 35.000 libras, equivalente a quase R$ 140 mil.
A derradeira unidade produzida da Kombi, última Last Edition, seguiu para o Museu de Veículos Utilitários da Volkswagen em Hannover, na Alemanha. Outras 50 unidades seguiram para o México, onde não é fabricada há mais de 20 anos. Até onde se sabe, por lá o modelo está esgotado.
A despedida oficial
A última unidade da Kombi saiu da fábrica de São Bernardo em 19/12/2013, até onde se sabe. Tudo após um imbróglio envolvendo sindicato, governo e, supostamente, fabricantes, com o intuito de adiar a obrigatoriedade de freios ABS e airbags.
A Volkswagen preparou um video em homenagem ao fim da Kombi – excelente, por sinal. Acompanhe:
Gente, caiu um cisco no meu olho…
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