Conseguir incentivos fiscais para o Prius parece ser uma missão difícil. Pouco depois que a Toyota anunciou que traria o híbrido, foi decretada a alta do IPI para veículos importados. Desde então, a empresa negocia isenções de impostos, apelando para a sustentabilidade e os baixos índices de emissões de poluentes do modelo, mas tais argumentos não convenceram o governo brasileiro, pelo menos até o momento. Como última cartada, a marca nipônica pensa em nacionalizar o Prius, mas quer algum tipo de benefício por parte do poder público.
Antes de decidir pela nacionalização, a Toyota começa a vender o Prius importado do Japão ainda em 2012, depois do Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado entre os dias 24 de outubro e 4 de novembro. O A ideia inicial da marca era comercializar o modelo por valor abaixo dos R$ 100 mil, mas como não houve acordo com o poder público, o preço deverá ficar entre R$ 130 mil e R$ 150 mil. As informações foram confirmadas por Ricardo Bastos, diretor de relações públicas e governamentais da empresa.
O preço é alto, mas o executivo afirma que não há margem de lucro, pois o aumento de 30% no IPI, associado a outros impostos, como ICMS, imposto de importação, PIS e Cofins, teria resultado eum uma sobretaxação de 120%. Além do mais, o modelo tem custo de produção consideravelmente mais alto que o de um automóvel convencional, devido às baterias e ao motor elétrico.
A Toyota aproveitará o tempo em que o Prius for vendido como importado para avaliar a receptividade do público, o que deve levar de dois a três anos. A partir daí, seriam gastos mais três anos no desenvolvimento do projeto, no estabelecimento de fornecedores no e ajuste de uma unidade produtiva. Para ser viável, a escala industrial tem que alcançar a marca mínima de 50 mil unidades por ano. A novidade da versão brasileira seria a introdução do sistema flex para o motor a combustão, que trabalha em conjunto com o propulsor elétrico.
A empresa sabe que não venderá muito inicialmente, mas não parece se preocupar. Trata-se de uma estratégia a longo prazo, para introduzir aos poucos o conceito dos híbridos no mercado nacional. Se os planos derem certo, é possível a fabricação fique a cargo da nova planta que a marca ergueu em Sorocaba, SP.
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